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Mídia reacionária? Nem tanto.

Apesar de toda a gritaria esquerdista contra uma suposta mídia conservadora e reacionária às ideias da esquerda, esta ainda detém o controle hegemônico de toda informação que é veiculada e comentada nos telejornais. Até aqui nenhuma novidade para quem conhece alguma coisa de Antonio Gramsci e a infiltração do marxismo cultural como ferramenta para corromper a sociedade brasileira [1].

A notícia a seguir é apenas mais um exemplo de como o a informação é trabalhada e distorcida para então ser apresentada com ares de normalidade sem que, contudo, ninguém a perceba como uma manipulação grosseira da realidade.

De todos os telejornais de cobertura nacional o Jornal da Cultura é o que mais se aproxima de algum nível – ainda que mínimo – de honestidade intelectual, justamente por oferecer a oportunidade de comentaristas confrontarem visões por vezes antagônicas, vide os famosos embates entre o PTista Airton Soares e o historiador Marco Antônio Villa.

Pois bem, nesta quarta-feira, dia 14/07, foi veiculada uma matéria que atenta contra a inteligência do brasileiro. A redação de jornalismo defendia a tese de que “gerações mais novas são criticadas por manterem distância da política. Já os jovens rebatem dizendo preferir os movimentos sociais aos partidos políticos.”

A reportagem enaltece a participação do movimento estudantil nas décadas de 60-70 e sua contribuição para a formação da classe política. Lembra a participação dos caras pintadas em apoio ao impeachment do então presidente Collor na década de 90 e a recente mobilização por redução de tarifas de ônibus em 2013.

Uma vez feita a introdução é hora de plantar a propaganda partidária disfarçada de notícia. Segundo a “reportagem” os recentes protestos de jovens agora são contra a redução da maioridade penal. Nada mais falso! Pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) em conjunto com o instituto MDA revela que 92,7% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade penal.

Ora, se apenas uma ínfima parcela da população rejeita a proposta de reduzir a maioridade penal é auto evidente que a mensagem veiculada pela TV Cultura foi deliberadamente invertida. A notícia que deveria ir ao ar é a de que uma juventude a serviço do banditismo e que não respeita a vontade do povo quer dar um passe livre para a delinquência e a impunidade dos menores criminosos.

E a empulhação segue anunciando que os jovens de hoje “não se sentem representados por nenhum partido político e que eles aderem a movimentos sociais como meio de participação política.” Esta argumentação serve a dois propósitos. Primeiro: dissociar a imagem de partidos políticos a uma agenda pré-estabelecida por eles próprios. E segundo: falsear a noção mesma de representatividade democrática.

O primeiro propósito é facilmente verificável ao ver o que defende o movimento estudantil entrevistado pela reportagem. Os pontos principais são:

1. Proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do Financiamento Democrático de Campanha;

2. Eleições proporcionais em dois turnos;

3. Paridade de gênero na lista pré-ordenada;

4. Fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes;

Vejam só que coincidência, financiamento público de campanha, cota parlamentar para mulheres e política nacional de participação social são propostas do… PT!

Ao emular uma demanda popular por mudanças jurídico-constitucionais, via movimentos estudantis e demais linhas auxiliares, a extrema esquerda tenta vender a ideia de um respaldo que ela mesma não tem e jamais teve. Assim, movimentos estudantis não passam de massa de manobra de partidos políticos profissionais que nada têm de democráticos. Fossem eles minimamente comprometidos em representar a vontade da maioria não estariam fazendo tanto esforço para barrar uma proposta com índice de aprovação de mais de 90% população, como é o caso da redução da maioridade penal.

Com um pouco de informação é fácil desconstruir a imagem vendida pela TV estatal que não tem compromisso com a verdade. Mas se a fraude jornalística atende ao projeto revolucionário da esquerda vale lembrar que a ela sequer foi contestada pelos comentaristas do dia, o cientista político Sérgio Fausto, bem como o historiador Leandro Karnal.

Ou desmascaramos toda forma de engodo ou seremos nós os idiotas úteis da revolução.

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Notas:

[1] Para saber mais sobre o fundador do partido comunista italiano leia o ensaio “A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci” do filósofo Olavo de Carvalho publicado pela VIDE Editorial.

Outra opção é assistir a série de palestras de Marxismo Cultural do padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr:

1 – Marxismo Cultural e Revolução Cultural: Visão Histórica
2 – Marxismo Cultural e Revolução Cultural: O Fascismo e o Marxismo Cultural
3 – Marxismo Cultural e Revolução Cultural: Reação à crise marxista
4 – Marxismo Cultural e Revolução Cultural: A infiltração do marxismo cultural no Brasil
5 – Marxismo Cultural e Revolução Cultural: Teologia da Libertação e sua influência na Igreja
6 – Marxismo Cultural e Revolução Cultural: Como lutar o bom combate

Papa Francisco: um lobo em pele de cordeiro

Em visita à Bolívia o papa Francisco mostrou que a igreja católica aceita servilmente a desonrosa função de oferecer o respaldo moral aos movimentos de esquerda. Nunca é demais dizer que movimentos revolucionários de esquerda foram responsáveis por mais de 100 milhões de mortes [1]. Nem mesmo o número de vítimas do nazismo e até mesmo o das duas guerras mundiais somadas ultrapassa esta marca. O comunismo foi responsável pelo maior genocídio de sua própria população em tempos de paz. Aonde quer que este regime tenha sido implantado o controle da população foi executado com o derramamento de sangue dos seus opositores.

Quem quer que tente minimizar os crimes do comunismo ou é um ignorante no sentido stricto senso da palavra ou é um mau caráter de sanha totalitária. Qualquer que seja o caso, o benefício da dúvida não cabe a um chefe de Estado ou, pior ainda, a um líder religioso, principalmente quando esta religião é um dos pilares de resistência ao comunismo.

Toda a civilização ocidental – a qual o comunismo quer ver destruída – é fundada no tripé filosofia grega, direito romano e moral judaico-cristã. Sem esses três elementos complementares a civilização ocidental é apenas um castelo de areia prestes a ruir.

É sabido que a Organização das Nações Unidas age a serviço da elite global revolucionária, substituindo a educação clássica por formas de manipulação e indução do comportamento [2]. O caso foi muito bem documentado por Pascal Bernardin no livro Maquiavel Pedagogo ou o Ministério da Reforma Psicológica (Vide Editorial, 2012). Quando o relativismo moral substitui a busca da verdade nada mais pode ser mensurado em termos de valores nobres e elevados, tão caros à filosofia grega. Daí a defender a extinção de um grupo étnico ou opositores ideológicos é um passo muito curto.

Quanto ao segundo fundamento básico da civilização ocidental, o direito romano, estamos acompanhando uma escalada com inclinação à esquerda em todos os países de orientação marxista. Não é ao acaso que no julgamento do mensalão apenas o núcleo econômico tenha sido punido com severidade enquanto o núcleo político recebia penas desproporcionalmente brandas. Quando all animals are equal, but some animals are more equal than others [3] a fronteira legal da isonomia é apagada.

Se por um lado os dois primeiros elementos – educação clássica e sistema jurídico – estão subordinados ao controle do Estado ao menos o terceiro deles – moral judaico-cristã – não o deveria ser, até pela noção de laicidade do Estado. Assim, quando o papa que, diga-se de passagem, deveria representar a primeira frente de batalha contra o comunismo diz “amém” à esquerda internacional tal ato é um tapa na cara de todo cristão sério (ou mesmo o liberal-conservador que tem ojeriza ao totalitarismo comunista).

Desde 1949 a igreja católica condena à excomunhão automática todo católico que preste apoio consciente a partidos ou governos comunistas. Na condição de chefe da igreja católica o Sr. Jorge Mario Bergoglio não tem o direito de conceder concessões ao regime mais perverso da humanidade. No entanto, ele não só o fez como ampliou o repertório de humilhações do mundo civilizado ao barbarismo do exército revolucionário a soldo do Foro de São Paulo [4].

A sucessão dos eventos durante a viagem à Bolívia e a falta de respostas adequadas não deixam dúvidas: o papa em exercício é um agente do movimento revolucionário infiltrado no coração da igreja católica e, como tal, deve ser exposto à exaustão como um traidor dos valores judaico-cristão.

Apenas para ilustrar a dimensão da contribuição da moral religiosa no mundo ocidental é preciso lembrar que tanto o movimento abolicionista [5] quanto à valorização da vida como um dom sagrado [6] surgiu, em primeiro lugar, no seio da igreja católica. A moral judaico-cristã não trata da crença em si, mas do respeito mútuo às liberdades individuais – inclusive a de não acreditar na doutrina religiosa.

Fosse o papa Francisco um legítimo representante da igreja católica este deveria ter rejeitado o presente do presidente da Bolívia (uma cruz em formato de foice e martelo, símbolo máximo do comunismo) e aproveitado a ocasião para criar um clima de constrangimento internacional. Ao invés de colar o rótulo de excomungado em Evo Morales e, de quebra, expor as atrocidades do comunismo na América Latina, o papa alegremente aceitou a ofensa e a propaganda gratuita do movimento revolucionário. Nada mais asqueroso para um líder religioso.

Nem mesmo o precedente de ataques de Evo Morales à igreja gerou um mínimo de suspeita quanto ao incidente. No passado o presidente boliviano declarou que “a igreja católica é um símbolo do colonialismo europeu e, portanto, deve desaparecer da Bolívia”.

A sagacidade da esquerda contrasta com a omissão do líder religioso. Morales foi além: de um só golpe fez do papa o garoto propaganda de uma ideologia totalitária reciclando-a ao associar o comunismo à imagem de desapego do franciscano, ao chamá-lo de o “papa dos pobres”. Quem não se lembra do mesmo expediente usado pela esquerda ao vender Lula como “o homem do povo”? Isso sem falar em forças progressistas promotoras da igualdade entre os gêneros, raças ou orientações sexuais para eleger, respectivamente, Dilma, Obama ou Jean Wyllys.

Do lado católico não observou-se nenhuma reação. Muito pelo contrário, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, apressou-se em declarar que o “padre jesuíta Luis Espinal projetou o crucifixo como símbolo do diálogo e de compromisso com a liberdade e o progresso na Bolívia, sem qualquer ideologia particular.”

É desnecessário dizer que isso é uma mentira sem tamanho. Ora, se o artista optou por usar o símbolo comunista a ideologia já está identificada, ainda que o interlocutor a negue. Assim como a cruz é um símbolo do cristianismo foice e martelo representam a concepção clássica marxista da ditadura do proletariado.

Mas se a Santa Sé tenta dissimular o episódio o jesuíta Xavier Albo, um dos amigos do artista que produziu a cruz comunista, admite que “a intenção de Espinal era que a igreja estivesse em diálogo com o marxismo”.

E de fato este “diálogo” produziu raízes profundas na igreja católica. A Teologia da Libertação nada mais é do que marxismo disfarçado de doutrina católica. Sob o pretexto de evangelizar propaga-se a marcha socialista [7]. O culto ao Deus Estado é tão absurdo que Leonardo Boff, um dos maiores nomes da Teologia da Libertação nacional, chegou a afirmar que:

“Esta constelação anti-popular e até anti-Brasil suscita, nutre e difunde ódio ao PT como expressão do ódio contra aqueles que Jesus chamou de ‘meus irmãos e irmãs menores’, os humilhados e ofendidos de nosso pais. Como teólogo me pergunto angustiado: na sua grande maioria, essas elites são de cristãos e de católicos. Como combinam esta prática perversa com a mensagem de Jesus? O que ensinaram as muitas Universidades Católicas e as centenas de escolas cristãs para permitirem surgir esse movimento blasfemo, pois, atinge o próprio Deus que é amor e compaixão e que tomou partido pelos que gritam por vida e por justiça?”

Ora, se rejeitar o PT (ou qualquer partido revolucionário) é, nas palavras de Boff, um movimento blasfemo então o próprio Deus foi retirado do centro da doutrina católica para, em seu lugar, ser ocupado pelo… PT!

Há muito que os métodos da Teologia da Libertação foram mapeados como ferramenta do comunismo. A título de ilustração o padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr expõe a fraude:

Como bom propagandista do comunismo o serviço não estaria completo sem uma crítica aberta ao livre mercado. O Papa Francisco criticou o sistema econômico baseado meramente no lucro do capital e a cultura do desperdício. Cinicamente disse que todos têm um dever moral de ajudar aos pobres e criticou o que classificou como a “lógica que busca transformar tudo em objeto de troca”.

Basta ao papa explicar como o capitalismo melhora o padrão de vida das pessoas enquanto que no socialismo todos são igualmente pobres. Ao propor tamanho disparate o papa Francisco escarnece de todas as vítimas da ditadura cubana que se lançam ao mar para fugir da condição de miséria imposta pelos irmãos Castro ou mesmo de quem sofre com a falta de bens de consumo básico como papel higiênico na Venezuela.

A cereja no bolo foi reservada para o grand finale. O papa Francisco afirmou que “reclusão não é o mesmo que exclusão” ao criticar o sistema carcerário boliviano declarando que “a reclusão forma parte de um processo de reinserção na sociedade. São muitos os elementos que jogam contra este lugar. Sei muito bem: a superlotação, a lentidão da Justiça, a falta de terapia ocupacional e de políticas de reabilitação, a violência e a falta de facilidade de estudos universitários, pelo qual faz necessária uma rápida e eficaz aliança interinstitucional para encontrar respostas”. Não é necessário dizer que nenhuma palavra de pesar foi dirigida às famílias que foram vítimas desta escória da humanidade.

Com um papa como esse resta ao católico apenas a desobediência civil.

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Notas:

[1] COURTOIS, Stephane et al. O livro negro do comunismo: crimes, terror e repressão. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

[2] O estudo feito a partir de documentos oficiais da própria UNESCO pretende mostrar detalhadamente que o objetivo prioritário da escola moderna não é mais possibilitar aos alunos uma formação intelectual e muito menos fazê-los adquirir conhecimentos elementares. O que se pretende com a redefinição do papel da escola é torná-la nada mais do que o instrumento de uma revolução cultural e ética destinada a modificar os valores, as atitudes e os comportamentos das pessoas em escala mundial.

No Brasil o resultado dessa engenharia social resultou em cerca de 50% de analfabetismo funcional entre os universitários: http://globotv.globo.com/rede-globo/dftv-2a-edicao/t/edicoes/v/pesquisador-conclui-que-mais-de-50-dos-universitarios-sao-analfabetos-funcionais/2262537/

[3] ORWELL, George. A revolução dos bichos. Companhia das Letras, 2007.

A despeito do artigo 5º da Constituição Federal de 1988 em que “todos são iguais perante a lei” a citação de que todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros é um flagrante de beneficiamento explícito de uns em detrimento de outros. Equivoca-se quem considera que dentro do socialismo busca-se a igualdade. Na verdade este regime vale-se de meias verdades para justificar o injustificável, vide o sistema de cotas universitárias.

[4] O Foro de São Paulo é uma associação de partidos políticos latino-americanos e organizações criminosas como os narco-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e os sequestradores chilenos do Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR) com o objetivo de ser a coordenação estratégica da esquerda na América Latina. Maiores detalhes sobre o Foro de São Paulo podem ser conferidos no excelente artigo intitulado “Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil” de Felipe Moura Brasil.

[5] O clima do movimento abolicionista internacional foi registrado por Joaquim Nabuco com duras críticas ao clero da época que, a exemplo de tudo na sociedade brasileira, reage às ideias com o típico atraso da preguiça nacional.

“Em outros países, a propaganda da emancipação foi um movimento religioso, pregado do púlpito, sustentando com fervor pelas diferentes igrejas e comunhões religiosas. Entre nós, o movimento abolicionista nada deve, infelizmente, à Igreja do Estado; pelo contrário, a posse de homens e mulheres pelos conventos e por todo o clero secular desmoralizou inteiramente o sentimento religiosos de senhores e escravos. No sacerdote, estes não viam senão um homem que os podia comprar, e aqueles a última pessoa que se lembraria de acusá-los. A deserção, pelo nosso clero, do posto que o Evangelho lhe marcou, foi a mais vergonhosa possível: ninguém o viu tomar a parte dos escravos, fazer uso da religião para suavizar-lhes o cativeiro, e para dizer a verdade moral aos senhores. Nenhum padre tentou, nunca, impedir um leilão de escravos, nem condenou o regime religiosos das senzalas. A Igreja Católica, apesar do seu imenso poderio em um país ainda em grande parte fanatizado por ela, nunca elevou no Brasil a voz em favor da emancipação.”

NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. São Paulo : Publifolha, 2000. (Grandes nomes do pensamento brasileiro da Folha de São Paulo).

[6] “A história oficial diz que o canibalismo aqui só era praticado por umas poucas tribos. Não sei. Mas muitas outras faziam – e fizeram até recentemente — controle da natalidade pelo delicado expediente de sepultar vivas as crianças indesejadas. Com a chegada da Funai, esse costume foi progressivamente abandonado e as tribos começaram a crescer. Muitos dos índios que hoje gritam contra os ‘invasores brancos’ teriam sido enterrados como excedente populacional se a maldita civilização ocidental não tivesse violado a integridade das culturas indígenas, ensinando-lhes que matar crianças não é um meio decente de reduzir despesas. Se ela mesma aliás vem desaprendendo essa lição, regredindo ao ponto de aceitar como normais e respeitáveis os costumes bárbaros que outrora ajudou a erradicar, é normal que ela perca rapidamente a autoridade moral que tinha sobre os índios e agora consinta em ouvir deles, com a cabeça baixa, as mais extraordinárias absurdidades.” A respeito desse relato de Olavo de Carvalho ver o documentário Hakani.

Mais informações em http://www.hakani.org/pt/.

[7] Para saber mais a respeito da infiltração marxista na igreja ver os artigos do filósofo Olavo de Carvalho abaixo:

PT declara guerra aos brasileiros

Se alguém ainda alimentava alguma dúvida quanto ao caráter do Partido dos Trabalhadores o próprio partido tratou de afastá-la ao divulgar o seu caderno de teses para o 5º Congresso do PT. Nele o PT assume sua veia totalitária e literalmente declara guerra contra os brasileiros.

Diante da desmoralização generalizada do partido a orientação aos militantes é: um partido para tempos de guerra.

À luz deste documento a bravata do ex-presidente Luiz Inácio da Silva de ameaçar a população com seu exército particular é ainda mais grave.

“Quero paz e democracia, mas, se eles não querem, nós sabemos brigar também, sobretudo quando o João Pedro Stédile [líder do MST] colocar o exército dele do nosso lado.”

Diante desta ameaça iminente – que trata a oposição ideológica como inimigos de Estado – ninguém mais tem o direito de conceder-lhes o benefício da dúvida ao tratar com PTistas e demais linhas auxiliares como PSOL, PCdoB, PCO, PSTU, MST, MTST, Black Blocs entre outros grupos da extrema-esquerda e tintura revolucionária.

Para a esquerda radical democracia nunca foi um valor em si mesmo, mas um meio para a tomada do poder. Agora que perderam todo o apoio popular e as mentiras não se sustentam mais, ameaçam voltar as suas origens de luta armada, se preciso for.

Quando o PT fala em preparar o partido para tempos de guerra, não se trata de uma mera figura de linguagem, é preciso dar a devida dimensão da mensagem associando-a aos fatos concretos recentes.

Assim, os exemplos a seguir compõem uma breve amostra de como as ações de cunho criminoso estão intimamente ligadas às ideias da alta cúpula partidária.

“Por que é que essa juventude [referindo-se a União da Juventude Socialista, grupo historicamente aliado ao PT] jogou lixo na Veja [sede da Editora Abril]? É porque eles consideram a revista Veja um lixo. É direito deles!”

Paulo Frateschi, coordenador da campanha do PT ao governo do estado de São Paulo, sobre matéria da revista Veja afirmando que Lula e Dilma sabiam do esquema de desvio de verbas públicas da Petrobras.

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“A Dona Marina [Silva] que invente de colocar a mão na Petrobrás, que voltaremos aqui todos os dias (em protesto).”

João Pedro Stedile, líder do MST promovendo terrorismo eleitoral ao dividir o palanque com Lula em apoio a Dilma Rousseff.

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“Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.”

Alberto Cantalice, vice-presidente nacional do PT e coordenador das Redes Sociais do partido, rotulando os críticos do PT como os inimigos públicos do povo brasileiro e convidando a militância para o linchamento público.

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“Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas (…). Joaquim Barbosa deve ser morto”.

Sérvolo de Oliveira e Silva, secretário de organização do diretório petista de Natal e membro da Comissão de Ética do partido no Rio Grande do Norte, ameçando o relator da ação penal que condenou a alta cúpula do PT.

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“Mais e mais mobilização. Mais e mais greve. Mais e mais movimento de rua. Porque eles têm que apanhar na rua e nas urnas.”

José Dirceu [então presidente do PT] mandando seus eleitores darem uma surra nos opositores.

Aos poucos vai ficando evidente que a vocação para a violência é uma característica intrínseca ao próprio partido e, os exemplos citados não são uma exceção à aparente casca democrática, mas o caráter revolucionário em seu estado bruto.

Os exemplos elencados são fortes e chocam pelo seu teor de ultraviolência. No entanto, os dados aqui levantados sugerem algo mais. Quando uma ação se repete consistentemente ao longo do tempo é possível apreender o senso de unidade do conjunto das ações, percepção essa que é ininteligível quando se analisa ações pontuais, tratadas isoladamente. Em outras palavras, quando episódios aparentemente pouco articulados entre si são reunidos e postos à mesa então o padrão de unidade salta aos olhos revelando o valor do conjunto da obra.

Se o elemento recorrente ao PTismo é o fundo violento então qualquer manifestação de legalidade do partido não passa de simples alegoria, um artifício retórico usado para desviar a atenção e mascarar a verdadeira força motriz do partido: o ódio acachapante à ordem constituída e o impulso de destruição das bases mesmas da civilização ocidental.

O PT sabe que perdeu não só a legitimidade de governar como também a capacidade de mobilizar a população em torno de sua agenda revolucionária e por isso está forçando um upgrade na escalada bolivariana. E para tanto anunciam que é imperativo:

Ocupar as ruas, construir uma Frente Democrática e Popular, mudar a estratégia do Partido e a linha do governo

O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT, mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latinoamericana.”

E aqui cabe uma observação fundamental: ao declarar que o conjunto da esquerda latino-americana depende do sucesso do PT eles admitem a consciência de unidade de projeto para o continente. Ou seja, acabaram de entregar de bandeja que o próprio Foro de São Paulo é uma organização continental com profundas ligações com o PT!

Outro trecho do caderno de teses que deixa isso claro é:

“No caso do continente americano, há dois projetos de integração regional: de um lado o subordinado aos Estados Unidos, de outro lado a integração autônoma. Projetos simbolizados, respectivamente, pela Alca e pela Celac.”

Uma vez que o Brasil não tem qualquer parceria com o mundo civilizado, por exclusão, resta-nos a adesão ao projeto bolivariano. É por isso que Cristina Kirchner comemorou a vitória eleitoral de Dilma com uma saudação à Pátria Grande.

Ainda sobre o Foro de São Paulo o PT declara que:

“Os constantes e virulentos ataques dos setores mais conservadores da direita brasileira ao Foro de São Paulo, demonstram o quão subversiva e fundamental é a ideia do internacionalismo, e portanto deve ser parte estruturante do nosso projeto de sociedade. Esse internacionalismo deve estar conectado com os desafios do nosso tempo, nos Direitos Humanos, na defesa dos direitos de primeira geração (direitos civis e políticos), de segunda geração (direitos sociais: saúde, educação, habitação, emprego, salário digno), de terceira geração (que são os direitos da fraternidade, o direito à diversidade cultural, étnica, de gênero, de orientação sexual) e de quarta geração (preservação do meio ambiente e solidariedade intergeracional).”

Se no passado foi necessário esconder as atividades criminosas do Foro de São Paulo (ver o excelente artigo “Lula, réu confesso” do filósofo Olavo de Carvalho) agora já falam abertamente em defende-lo como condição de sobrevivência.

São muitas as intenções que atentam contra a ordem jurídica constituída e a tarefa de elencá-las aqui extrapolaria – e muito! – o espaço deste artigo. Deste modo, limito-me a transcrever um último:

“Demitir os ministros capitalistas, romper com os partidos do capital. Constituir um governo apoiado nas organizações populares, na CUT, no MST, entre outras. Exigir publicamente e combater pelo impeachment dos ministros do STF que votaram na farsa da AP 470, a liberdade imediata e anulação da sentença dos dirigentes do PT”

Ao longo de 165 páginas o caderno de teses pode ser resumido como uma declaração de guerra ao brasileiro. Refutar uma a uma todas as fraudes argumentativas do PT pode ser um trabalho hercúleo, mas se a experiência corporativa vale de alguma coisa, sobretudo aquela usada em algoritmos de seleção de RH, é que uma busca pode ser empreendida por palavras chave.

A seguir foram feitas algumas buscas, o resultado de quantas vezes cada termo aparece foi contabilizado e é apresentado na sequência.

Luta 155x
Guerra 25x
Violência 22x
Ódio 21x
Golpista 13x (Golpe 6x)
Inimigos 9x

Debate 37x
Proposta 28x
Idéia 23x
Conciliação 10x
Liberdade 16x (Livre 10x)
Lei 14x
Instituição 4x
Votação 5x
Independência 3x

A comparação do primeiro bloco de termos ao segundo sugere que o partido está mais preocupado em um discurso de ódio do que tentar uma conciliação por meio do diálogo.

O mesmo vale para o que vem a seguir: Constituinte 25x vs Constituição 11x. Um partido que respeita a constituição não daria tanta atenção em tentar reformá-la.

E por fim, a realidade que eles não querem enxergar:

Popularidade 0x
Mensalão 0x
Petrolão 0x (Petrobras 17x).