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Abismo moral em contraste

O Brasil vivenciou neste final de semana manifestações populares tão distintas em natureza quanto significativas em força expressiva. Se na sexta-feira, dia 13, o mote era o apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT), no domingo, dia 15, o que levou as pessoas às ruas foi o repúdio a este partido.

Enquanto quem manifesta apoio ao PT faz passeata em dia útil e durante o horário comercial quem os desaprova convoca manifestação para o final de semana. Sabe como é, nem todo mundo pode viver de verbas públicas como a corriola PTista. A parcela decente do país precisa trabalhar e gerar riqueza enquanto os pelegos fingem ser a mais alta expressão da vontade popular.

Apenas este dado já seria o suficiente para deflagrar o embuste de partido democrático. O PT é um partido de sanha totalitária e a Política Nacional de Participação Social (decreto presidencial 8.243) nada mais é do que um artifício para lotear o Estado com gente paga a mando do partido. Se para dizer basta o brasileiro precisa abrir mão de sua hora de descanso ao final de semana o que dirá então participar de decisões políticas em pelo expediente? É claro que isso é golpe!

Mas a realidade é ainda mais perversa para com o mundo de fantasias da militância do capital alheio. Se por um lado aqueles que apoiam o PT são 32 mil pessoas (e aqui sejamos generosos em incluir na conta mesmo aqueles que o partido mandou buscar de ônibus fretado para a manifestação e ganharam R$ 35,00 para vestir uma camiseta vermelha e segurar um balão da CUT) por outro lado, os que rejeitam este projeto criminoso de poder são 2 milhões de pessoas, um contingente 62,5 vezes maior, que foi de livre e espontânea vontade para as ruas sem receber absolutamente nada por isso.

Parece auto evidente que, se no primeiro caso, a ordem de colocar gente nas ruas não é acatada pelo povo, em flagrante de desobediência civil, no segundo caso, a força da população manda um recado para os caciques do poder: a presidência PTista é ilegítima.

Diante de todas as diferenças entre os dois movimentos é imperativo ressaltar ainda que mesmo com manifestações massivas em São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro não houve qualquer registro de transtorno da ordem pública, rotina bem diferente dos atos convocados pelo réu oculto do mensalão (e agora do petrolão) que ameaça usar do seu exército particular para coagir quem quer que insista em apurar responsabilidades em desvios de verba pública.

A despeito disso, o vereador-militante Pedro Tourinho (PT) declarou que seria uma imprudência do representante do grupo Revoltados On-Line, Marcello Reis, querer marcar manifestação anti-PT no mesmo dia e horário que a turma do PT.

Tourinho

Ou seja, se bandidos pró-PT partissem para o quebra-quebra a responsabilidade da agressão seria… do outro lado!

Nada mais ilustrativo para entender a noção PTista de respeito democrático do que uma situação absurda como essa. Ainda mais vindo de um vereador da sigla!

Pedro Tourinho não só inverte o eixo da responsabilidade como falseia a informação – como tudo neste partido criminoso. Enquanto o PTista sugeria que o Revoltados On-Line incitava o combate físico o que verdadeiramente foi dito pode ser conferido na seguinte entrevista da Folha de São Paulo:

Por que marcar o ato para o mesmo dia do protesto organizado pela CUT?
Marcello Reis
–  A CUT que marcou no mesmo dia que a gente. Estamos amparados pela lei. Marcamos e protocolamos antes.

Já que haverá um grande ato no domingo, qual é a motivação de um também na sexta?
Marcamos esse protesto antes porque queríamos fazer um pré­-protesto, um “esquenta”, para passar à população a ideia de como vai ser a segurança se tiver muita gente, onde os caminhões estarão posicionados etc.

A CUT tem dito que só sairá da frente da Petrobras às 16h e você diz que o acordo previa a saída deles às 15h, para a chegada de vocês.
Exato. Nós tivemos reunião na PM e a divergência foi essa, sabíamos que a CUT ia querer infringir um acordo que está gravado. Ninguém vai para a frente da Petrobras às 15h a não ser eu e o caminhão de som. Se eles quiserem quebrar o caminhão, eles quebram e eles vão ter que pagar. A partir das 15h, qualquer ato será de vandalismo incitado pelo Lula.

Por que pelo Lula?
Ele não disse na ABI ‘querem brigar? sabemos brigar!’, disse que chamaria o exército do Stédile? Se não fosse incitado por ele, a CUT não correria no Rio e protocolaria um protesto no dia 13 por lá. Por isso não estaremos lá, porque lá a CUT registrou antes.

Você acredita que pode haver algum tipo de confronto?
Tomara que haja, porque vamos entrar com todas as ações possíveis contra o sapo barbudo [Lula].

Qual orientação será dada caso aconteça confronto?
Os manifestantes [do Revoltados] só vão chegar quando os da CUT forem embora.

Definitivamente não dá para confiar em esquerdistas. Eles mentem até dizer chega e os PTistas são o pior tipo deles!

A natureza revelada: da agressividade tácita ao paramilitarismo sangrento

Depois que o Partido dos Trabalhadores colocou nas ruas o seu exército particular e deu ordem de agredir fisicamente todos aqueles que fizessem oposição ao partido um tema entrou definitivamente em pauta: o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A ninguém é concedido o direito de manter um contingente paramilitar que age coagindo a população e ignorando completamente a ordem constitucional. Já passou da hora de chamarmos as coisas pelos seus devidos nomes. Exército paralelo é milícia e o PT deixou de ser um partido legal quando assumiu publicamente que mantém um exercito particular.

A Lei dos Partidos Políticos número 9.096, de 19 de setembro de 1995, é categórica quanto a isso:

Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:
I – ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;
II – estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;
III – não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral;
IV – que mantém organização paramilitar.

Entender a correlação implícita entre agressores-militantes e a ordem vinda diretamente do partido para partir para a briga requer a análise atenta a alguns fatos, algo que passou despercebido a alguns analistas políticos, quando não acobertado criminosamente, como veremos a seguir.

O episódio de agressão de militantes PTistas contra opositores do governo não pode ser compreendido como um ato isolado, sendo necessário remontar eventos que o antecederam para, enfim, lançar luz sobre essa questão. Assim, a faísca que acendeu o estopim data de pelo menos cinco dias antes da pancadaria ser deflagrada.

Em 19 de Fevereiro o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, sentiu na pele o fracasso de sua política econômica ao ser chamado de “safado”, “sem vergonha” e ser convidado a tratar a saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Na ocasião Mantega acompanhava a mulher, em tratamento, no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Esse episódio implicou em uma resposta: em 24 de Fevereiro o presidente do PT do Rio de Janeiro, Washington Siqueira, o Quaquá, incitou a militância a passar do embate dialético às vias de fato.

Washington Siqueira

A ordem foi acatada já no mesmo dia, em evento organizado pelo PT em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro.

Democracia PTista

Enquanto o coro comia solto do lado de fora da ABI o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, sem muita cerimônia, declarava que:

“Quero paz e democracia, mas, se eles não querem, nós sabemos brigar também, sobretudo quando o João Pedro Stédile [líder do MST] colocar o exército dele do nosso lado.”

A íntegra dessa bravata pode ser conferida no vídeo a seguir:

Quando a liderança estadual e a maior voz do partido defendem, ao mesmo tempo, o uso da força para combater as críticas e, imediatamente, isso vem acompanhado da ação, é sinal de que uma coisa é necessariamente consequência de outra. A mera casualidade não pode ser evocada como argumento atenuador de responsabilidades quando há confluência de eventos, todos eles direcionados à pancadaria, e mais ainda, quando este mesmo partido possui um vasto histórico de agressões como lastro de ordem moral.

O acervo de artifícios que justificam a agressão física – oscilando entre as formas mais sutis até as mais virulentas – é o cerne mesmo da política do PT. É a velha fórmula marxista: fomenta-se o ódio ao mesmo tempo em que se fala em justiça social.

Eis um exemplo típico:

“Houve briga entre manifestantes ontem, no Rio de Janeiro, a respeito da Petrobras e da Operação Lava Jato. Foi divulgado um vídeo que mostrou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega sendo hostilizado num hospital privado em São Paulo. Os dois casos refletem o clima de intolerância no debate público. O caso de Mantega é mais grave, por mostrar um desrespeito inaceitável a alguém que acompanhava a esposa que faz um tratamento delicado de saúde.”

A declaração acima é do jornalista Kennedy Alencar, alguém tão isento e imparcial em suas análises que, para tanto, possui a credencial de ter atuado como assessor de imprensa de… Lula.

Esse embuste não pode passar sem uma avaliação mais criteriosa, sob pena de atribuir crédito e prestígio a quem tem por profissão a desonestidade intelectual. Quando o jornalista a serviço do PTismo alega que tanto xingamentos quanto pancadaria refletem o clima de intolerância no debate público o que ele está fazendo é dissolver o senso das proporções para então igualar agressão verbal à agressão física. É preciso muita falta de ética para inverter o eixo do debate público a fim de oferecer salvo-conduto às forças milicianas enquanto trata de criminalizar quem faz oposição dentro da ordem jurídico-democrática.

Se por um lado, gente como Kennedy Alencar, Leonardo Sakamoto, Cynara Menezes, Paulo Moreira Leite, Luís Nassif, Paulo Henrique Amorim entre outros jornalistas de aluguel, cumprem o desonroso papel de oferecer o respaldo intelectual à barbárie, conferindo-lhe toda uma atmosfera de normalidade, por outro lado, o partido já não faz qualquer esforço para ocultar sua adesão a métodos nada ortodoxos, perdendo qualquer vestígio de freio moral e passando a abusar da violência como tática de guerra.

Não por acaso o grupo que hoje encontra-se no poder, foi o mesmo que, nos anos 60, empreendeu a luta armada. Foi necessário que a esquerda revolucionária mudasse o discurso de guerrilha urbana e abraçasse a causa democrática para, enfim, ser aceita como força legítima pelo eleitorado. No entanto, jamais se ouviu qualquer palavra de resignação de PTistas como José Dirceu, Dilma Rousseff, Franklin Martins ou José Genoino quanto ao passado de luta armada. Muito pelo contrário: uma vez instalados no poder a situação aguçou a sanha revanchista e a maior expressão disso é a Comissão Nacional da Verdade.

Aos poucos vai ficando evidente que a vocação para a violência é uma característica intrínseca ao próprio partido e, os exemplos listados a seguir, não são uma exceção à aparente casca democrática, mas o caráter revolucionário em seu estado bruto.

Que partido que respeita a ordem constitucional e a transparência encorajaria a censura, assim como o fez o coordenador da campanha do PT ao governo do estado de São Paulo?

Paulo Frateschi:  “Por que é que essa juventude [referindo-se a União da Juventude Socialista, grupo historicamente aliado ao PT] jogou lixo na Veja [sede da Editora Abril]? É porque eles consideram a revista Veja um lixo. É direito deles!”

Que partido que preza pela concorrência leal incentivaria o terrorismo eleitoral, assim como o fez o líder do MST, ao dividir o palanque com Lula?

João Pedro Stedile: “A Dona Marina [Silva] que invente de colocar a mão na Petrobrás, que voltaremos aqui todos os dias (em protesto).”

Que partido que se pauta pela conduta honesta teria associação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), assim como o fizeram o deputado estadual Luiz Moura (PT) e seu irmão, o vereador paulistano Senival Moura (PT)?

No olho do furacão desde que participou de uma assembleia de motoristas e cobradores, em Itaquera, na zona leste da capital paulista, em que estavam presentes um assaltante de bancos condenado e, segundo a polícia, 13 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) – facção que comanda o crime de dentro e fora dos presídios – o deputado estadual Luiz Moura (PT), sinaliza que se tiver que cair, cairá atirando.
Luiz Moura: “O culpa pelas facções é de quem deixou que elas se criassem. Não conheço ninguém do PCC e nunca tive relação com o crime organizado.”
O deputado diz que não conhecia a maioria dos presentes à reunião – “não tem como pedir atestado de antecedentes.”

Que partido que convive democraticamente com a diferença de opiniões rotularia os seus críticos como os inimigos públicos do povo brasileiro e convidaria a militância para o linchamento público, assim como o fez o vice-presidente nacional do PT e coordenador das Redes Sociais do partido?

Alberto Cantalice: “Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.”

Que partido que valoriza a integração entre os países e o espírito esportivo mandaria matar o jogador que tirou Neymar da copa do mundo, assim como o fez a candidata a deputada estadual no Rio Grande do Sul?


Que partido que entende o processo eleitoral como uma disputa de propostas e projetos diferentes mandaria seus eleitores dar uma surra nos opositores, assim como o fez o então presidente do PT?

José Dirceu para os grevistas: “Mais e mais mobilização. Mais e mais greve. Mais e mais movimento de rua. Porque eles têm que apanhar na rua e nas urnas.”

Frente ao desfecho de agressão ao então governador Mário Covas, Dirceu declarou que: “Pena que ele tenha recorrido a este expediente, justo ele que sabia que o meu discurso era retórica, apenas a minha forma de hipotecar apoio à categoria em greve. Não era nada dirigido a ninguém em particular. Triste, principalmente, que a manipulação tenha sido engendrada pelo Mário Covas – ou apoiada, ele encampou e deixou a versão ser explorada.”

Por fim, que partido é esse que no prazo de pouco mais de 4 meses teve dois prefeitos assassinados durante o período de arrecadação de caixa da campanha que elegeu o ex-presidente Lula?

Os exemplos elencados são fortes e chocam pelo seu teor de ultraviolência. No entanto, os dados aqui levantados sugerem algo mais. Quando uma ação se repete consistentemente ao longo do tempo é possível apreender o senso de unidade do conjunto das ações, percepção essa que é ininteligível quando se analisa ações pontuais, tratadas isoladamente. Em outras palavras, quando episódios aparentemente pouco articulados entre si são reunidos e postos à mesa então o padrão de unidade salta aos olhos revelando o valor do conjunto da obra.

Se o elemento recorrente ao PTismo é o fundo violento então qualquer manifestação de legalidade do partido não passa de simples alegoria, um artifício retórico usado para desviar a atenção e mascarar a verdadeira força motriz do partido: o ódio acachapante à ordem constituída e o impulso de destruição das bases mesmas da civilização ocidental.

Diante de tudo isso o sentimento da população de rejeição ao partido nunca foi tão grande e por isso mesmo é que a resposta da militância tende a ser cada vez mais violenta. Se já não podem mobilizar a população como antigamente é natural que recorram a grupos paramilitares como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O flagrante de confissão do ex-presidente Lula de que existe um exército a serviço do partido não pode ser negligenciado pelo Ministério Público. É preciso que todo cidadão exerça pressão sobre o cancelamento do registro civil e do estatuto do PT.

Com efeito, o deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PP-RJ) protocolou a representação PR-DF 7106/2015 na Procuradoria Regional da República no Distrito Federal contra Luiz Inácio da Silva pela prática de crime contra a segurança nacional e a ordem política e social. O embasamento jurídico para tanto escora-se em:

Art. 5, inc. XVII da Constituição Federal de 88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

Art. 16 da Lei de Segurança Nacional – Lei 7170/83
Art. 16 – Integrar ou manter associação, partido, comitê, entidade de classe ou grupamento que tenha por objetivo a mudança do regime vigente ou do Estado de Direito, por meios violentos ou com o emprego de grave ameaça.
Pena: reclusão, de 1 a 5 anos.

Art. 17 da Lei de Segurança Nacional – Lei 7170/83
Art. 17 – Tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito.
Pena: reclusão, de 3 a 15 anos.

Art. 22 da Lei de Segurança Nacional – Lei 7170/83
Art. 22 – Fazer, em público, propaganda:
I – de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social;
II – de discriminação racial, de luta pela violência entre as classes sociais, de perseguição religiosa;
(…)
Pena: detenção, de 1 a 4 anos.
§ 1º – A pena é aumentada de um terço quando a propaganda for feita em local de trabalho ou por meio de rádio ou televisão.

Art. 23 da Lei de Segurança Nacional – Lei 7170/83
Art. 23 – Incitar:
I – à subversão da ordem política ou social;
III – à luta com violência entre as classes sociais;
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.

Exigir o fim de um partido ilegal como o PT, que violenta a ordem democrática incontáveis vezes, é direito e dever de todos, mas enquanto isso não acontece é imperativo desmantelar o seu braço armado: o MST.

A exemplo do PT que usa uma fachada democrática para agir no subterrâneo da República, o MST também não é uma organização de trabalhadores rurais, mas sobretudo um contingente fortemente armado com treinamento militar e que pode ser acionado para promover agitação política.

Desde 2005, pelo menos, sabe-se que as próprias Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) treinaram membros do MST em técnicas de guerrilha.

Outro dado importante acerca da natureza militarista do MST é que o governo da Venezuela assinou acordo de cooperação com o MST para, nas palavras do ministro para Comunas e Movimentos Sociais da Venezuela, Elias Jaua:

“Firmar esse convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista.”

Para quem ignora a atual situação política da Venezuela aqui vai o alerta:

É fato que Lula e o PT endossaram o apoio à Chávez e Maduro antes da violência estourar nas ruas, mas desde que o governo da Venezuela passou a perseguir, prender e matar seus próprios cidadãos nenhuma palavra mais dura foi emitida pela alta cúpula do partido. Ao contrário, as declarações recentes de Rui Falcão, presidente do partido, são solidárias às violações de direitos civis.

“O Partido dos Trabalhadores tem acompanhado com atenção a situação política venezuelana e expressa sua preocupação sobre fatos recentes que atentam contra a vontade popular. Diante dos fatos noticiados, reafirma seu repúdio a quaisquer planos de golpe contra o governo legitimamente eleito de Nicolás Maduro.”

Antes que as coisas saiam do controle por aqui é imprescindível negar a legitimidade do partido que governa o país e entender que a estratégia de ação continental de governos bolivarianos articula-se por meio de milícias fortemente armadas.

O PT já anunciou que se necessário for colocará o MST para enfrentar a população. Compete a nós, agora, mostrarmos que a massa de pessoas civilizadas é ainda maior do que o ranço PTista pelo respeito a ordem democrática. Qualquer luta que venhamos a empreender deve ser feita dentro da lei, exigindo que se cumpra a Lei dos Partidos Políticos número 9.096/95 e a Lei de Segurança Nacional número 7170/83.

Conselho ao vereador Thiago Ferrari

Se é verdade que todo poder emana do povo e que, os políticos, por assim dizer, são a representação mesma da vontade popular, então, de tempo em tempo, é preciso lembrá-los dessa conexão que liga o cidadão comum às altas esfera do poder.

Exercer pressão popular é um direito e dever de todo cidadão que não se enxerga representado pela classe política. Assim, aproveito o ensejo para dar um conselho ao vereador Thiago Ferrari que recentemente defendeu que é preciso combater o ódio por meio de “campanhas de esclarecimento e disseminar ações afirmativas”.

Caro vereador, não se combate o ódio atribuindo a culpa à abstrações como a sociedade de uma forma generalizada e esvaziada de sentido. A fim de responsabilizar a autoria de crimes de ódio é preciso identificar indivíduos, pessoas reais e que não podem se esconder sob o manto protetor da coletividade.

Dois exemplos são igualmente ilustrativos para a sua proposta de acabar com a disseminação de preconceitos no seio social.

O primeiro deles diz respeito a uma bandeira muito badalada hoje em dia: o combate à homofobia. Sem mais delongas, o flagrante deste delito é apresentado abaixo.

Edu_Goldenberg

Sendo o cantor Ney Matogrosso um crítico do governo PTista duvido muito que a militância LGBT (que mantém uma relação fisiológica com partidos de esquerda) irá processar o senhor Eduardo Goldenberg por crime de ódio e preconceito.

No entanto, se o foro da comarca do Rio de Janeiro (cidade aonde mora Goldenberg) não lhe for de fácil acesso sugiro que o nobre vereador exerça o seu dever cívico aqui mesmo em Campinas, local em que o segundo delito foi cometido.

O segundo caso tem como protagonista de crime contra a honra um conhecido seu, o também vereador Pedro Tourinho (PT). No ano passado o vereador-militante Pedro Tourinho usou de recursos públicos municipais para caluniar e difamar o deputado federal Jair Bolsonaro, sugerindo que ele é um estuprador de mulheres.

O flagrante deste delito, que tem coautoria dos vereadores Carlão do PT e Paulo Bufalo (PSOL) foi lavrado na moção 161/2014, cuja consequência política já foi debatida em outra oportunidade.

Espero que tais casos contribuam para que o senhor trate do tema sob outra perspectiva. Reitero que, caso o nobre vereador queira dar visibilidade das ações tomadas contra os flagrantes delitos aqui apresentados, este blog compromete-se em divulgar com transparência as medidas pelo senhor adotadas.

Sobre idéias e consequências

Que isso sirva de lição aos eleitores: as idéias têm consequências. Ao depositar um voto de confiança em um político não se deve jamais avalia-lo usando como critério de seleção o seu plano de governo. Propostas eleitorais são rasgadas tão logo o político é empossado. Assim, o que verdadeiramente importa é aquilo que ele professa no dia-a-dia. O exemplo a seguir é emblemático e espero que contribua para consciência cívica do eleitor.

Recentemente o vereador Thiago Ferrari assinou um artigo intitulado “O gigante acordou” em que ele afirma que o Brasil é um país preconceituoso, separatista, xenófobo, racista e que é preciso combater o ódio por meio de “campanhas de esclarecimento e disseminar ações afirmativas”.

Pois bem, a sincronia entre o discurso adotada pelo vereador Thiago Ferrari e o discurso oficial difundido pelo Partido dos Trabalhadores é tamanho que, ora vejam só, no prazo de apenas poucas semanas o que era uma simples idéia inofensiva materializou-se em política de Estado com um potencial de transforma-se em uma verdadeira Stasi a serviço do PT.

O governo federal anunciou que irá mapear os crimes de ódio na internet. Era o que faltava ao PT, o controle sobre aqueles que ousam chamar as coisas pelo seu devido nome. Se você fala que o partido é uma organização criminosa é logo identificado como um estimulador do ódio e responde um processo, a exemplo do que ocorreu com o senador Aécio Neves.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, declarou no lançamento do programa que irá monitorar e mapear crimes contra os direitos humanos nas mídias sociais que “Não podemos permitir que o que a internet representa hoje para nós seja desvirtuado de modo a causar violência, sofrimento e divisões” . Ora, a única divisão que existe hoje é entre PTistas e anti-PTistas, sem qualquer pretensão de querer rachar o país. Não se enganem, a luta que empreendem é sobre o controle do único ambiente ainda livre por aqui: a internet.

Em suma, o que essa gente de discurso conciliador defende é o monopólio das esferas de poder. Não contentes em ter o controle hegemônico da mídia, do sistema judiciário, do legislativo e ao que tudo indica longe de perder a soberania do executivo ainda querem controle absoluto sobre quem faz apologia do ódio. Nada mais patológico para quem construiu sua base eleitoral fundado em ideologias marxistas de ódio de classes e divisões artificiais da sociedade que compreendem variantes dessa mesma fórmula como a oposição de mulheres contra homens, filhos contra pais, homossexuais contra heterossexuais, sem terra contra produtores rurais, negros contra brancos, não cristãos contra cristãos, gordos contra magros etc, etc, etc. Essa lista pode estender-se ao infinito, basta identificar uma oportunidade de incitar o conflito e a divisão artificial da sociedade está criada.

Ao vereador Thiago Ferrari foi concedido o benefício da dúvida ao responder o meu artigo anterior “Sensibilidade Seletiva” (veja a réplica dele aqui). Ao rebater sua resposta questionei-o quanto ao controle efetivo de criminalização da oposição, apontamento que jamais foi respondido.

Sabemos o que ele pensa sobre o trabalho da imprensa, basta agora calar você, eleitor que não concorda com os abusos desse “projeto criminoso de poder”, nas palavras do ministro Celso de Melo.

E por falar em abuso, o endosso moral do vereador Thiago Ferrari ao combate dessas formas dissonantes de manifestação pode ser traduzida na truculência da polícia do senado ao retirar à força das galerias do Congresso Nacional a aposentada Ruth Gomes de Sá de 79 anos na sessão que votava a lei do calote.

Como disse no início desse artigo idéias têm consequências e o vereador Thiago Ferrari assume responsabilidade intelectual por essa cena.

Sensibilidade seletiva

Passada as eleições é hora dos partidos contabilizarem seu capital político. Aqueles que não foram eleitos preparam estratégias para tentar ganhar força e projeção na próxima corrida eleitoral. Aqueles que sagraram-se vitoriosos reforçam alianças na base governista para evitar o engessamento imposto pela oposição.

Isso tudo faz parte do jogo democrático e não chega a ser uma novidade para ninguém. No entanto, algumas peças desse xadrez político utilizam métodos nada ortodoxos, para não dizer antiéticos até. Aquilo que já seria reprovável vindo de um homem público fica ainda mais imoral quando o protagonista é um político pago com dinheiro público.

Este é o caso do vereador Thiago Ferrari (PTB) que ontem publicou na sessão de editorial do jornal Correio Popular o artigo “O gigante acordou” de sua autoria. O texto é de uma desonestidade intelectual atroz falseando a realidade do início ao fim com o único objetivo de capitalizar apoio político. Aproveito a ocasião para reproduzir o referido artigo na íntegra e na sequencia comento-o:

“O país que emergiu das urnas após as eleições presidenciais deste ano despertou um gigante adormecido no inconsciente de muitos brasileiros, por gerações e gerações. Talvez para reforçar a imagem de cordialidade e simpatia com que falsamente nos apresentamos aos estrangeiros (europeus, claro) — o que surgiu das urnas não foi o gigante patriota e indignado de junho/julho do ano passado. O que apareceu agora foi um gigante sim, mas o gigantesco monstro do preconceito. 

Perigosamente aprisionado nos corações e mentes de milhões de patrícios nossos desde os primórdios da nossa história de colônia, o monstro sempre foi tratado como se fosse uma inocente zombaria ou mesmo resultado de um espirituoso sarcasmo que historicamente caracterizou o povo brasileiro. Mas, assim que o TSE anunciou o resultado final das eleições, o monstro saltou de porões putrefatos onde dormitava, e se apresentou em sua plenitude, de forma raivosa, furiosa, virulenta. 

Numa demonstração de incrível agilidade — como se tivessem sido elaborados com fria e calculada antecedência — surgiram muros em mapas do Brasil separando o Norte do Sul, assim que o resultado foi anunciado. As chamadas redes sociais foram invadidas por imagens deploráveis de intolerância; pessoas supostamente educadas se viram de um momento para outro vociferando como animais contra nordestinos e pobres.

Sustentavam, com ofensiva e injustificada prepotência, e com base em convicções meramente pessoais, que os que votaram no candidato adversário eram um exército de alienados, dementes, insensatos. Uma turba de tolos; uma corja de inconsequentes. Eu mesmo recebi em meu telefone depoimentos em áudio de pessoas (anônimas, claro) para quem pobre nada mais é que vagabundo, e nortistas e nordestinos seriam cidadãos de segunda classe (e olhe lá!). E foram dezenas dessas mensagens, disseminadas com enorme rapidez e compartilhadas com sadismo revoltante, ultrajante. 

Demonstrações de repugnância e aversão inexplicáveis. Rancores profundos, ao que parece ruminados há gerações, foram expurgados. Atitudes tão pouco cristãs e devastadoramente incivilizadas escancaram, talvez, o traço mais funesto, tétrico e sombrio do brasileiro. Descobrimos, atônitos, que o Brasil não é o paraíso da amabilidade. Não é a personificação da afeição e jamais poderá ser usado como metáfora da união entre os povos, como se tentou vender durante a Copa do Mundo. 

O Brasil que emergiu das urnas é preconceituoso, sim. Existe um grande número de pessoas que deseja, sim, a separação entre Norte e Sul. A xenofobia existe, sim. O racismo existe, sim. O nó a partir de agora é saber o que fazer com essa constatação. É claro que muita coisa precisa ser feita, mas a primeira delas é aplacar o ódio. Adotar campanhas de esclarecimento e disseminar ações afirmativas. 

Mostrar que é possível não apenas domar como também derrotar o monstro. Mas, sobretudo, é preciso adotar medidas urgentes para evitar que esse tipo de comportamento contamine as crianças. Nelas está depositada toda a esperança de um mundo livre de preconceitos.”

O nível de canalhice aqui é estratosférico! Toda a fraude intelectual baseia-se em três princípios básicos os quais o vereador Thiago Ferrari conhece muito bem, mas convenientemente finge ignorá-los. Ao mapear os expedientes fraudulentos observamos:

  • Primeiro, tomar a parte pelo todo – Assumir que aqueles que foram derrotados nas urnas são uma massa uniforme com um sistema de crenças comum a todos só faz sentido quando o objetivo é criminalizar automaticamente a totalidade das pessoas que não votaram no PT, ainda que alguns poucos indivíduos utilizassem discursos separatistas e fomentassem o ódio aos nordestinos. A responsabilidade por crimes de ódio só pode ser atribuída individualmente e nem de longe a maioria endossa um comportamento separatista desses.
  • Segundo, posicionar o mal perdedor como inimigo do povo – A vantagem de abordar o tema sem que alguém o tenha feito antes é que o interlocutor tem a oportunidade de marcar sua posição ao lado do povo. É evidente que toda a indignação com o ocorrido é fingida para gerar o fundo emotivo que o aproxima do leitor. Assim, se ele mesmo se compadece daqueles que receberam a ofensa cabe aos demais eleitores o reverso da medalha. Regra geral, imputar ao outro lado o rótulo de inimigo do povo é o mote da argumentação dos partidos de esquerda.
  • Terceiro, amplificação indevida – O único movimento de oposição organizado imediatamente após a divulgação do resultado da eleição foi em prol da liberdade de imprensa e exigindo a investigação de escândalos de corrupção. Ainda assim nosso nobre vereador atribui às imagens que viralizaram nas redes sociais uma importância maior do que elas realmente têm. As ofensas virtuais sequer conseguem gerar em torno de si um movimento político, mas nada disso foi levado em conta na hora de anunciar ações afirmativas.

 É evidente que tudo isso não passa de desonestidade intelectual maquiada de bom mocismo. No fundo o que o vereador Thiago Ferrari quer (e deixou muito claro em seu artigo) é controlar comportamentos que ele considera inadequado.

Se de fato estivesse interessado em coibir abusos ouviríamos algumas palavras contra o comportamento criminoso do partido que a todo o momento tenta dividir o país com uma retórica de ódio. A sensibilidade seletiva do nobre vereador acentua-se quando confrontamos o evento por ele narrado a outros casos que sequer foram citados. Para que se dê a devida dimensão dos fatos pondero:

Que disse o vereador Thiago Ferrari a respeito da declaração do sociólogo Emir Sader de que a crítica aos PTistas é racismo de paulistas contra nordestinos?

Nada!

Que disse o vereador Thiago Ferrari a respeito da declaração do jornalista Juca Kfouri de que os paulistas que xingaram Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo eram a elite branca intolerante?

Nada!

Que disse o vereador Thiago Ferrari a respeito da declaração da filósofa Marilena Chauí que sugeriu um estudo para entender a mentalidade paulista que não vota no PT?

Nada!

Desde logo fica claro a assimetria de tratamento entre as duas correntes de ódio, por assim dizer. Uma que só encontra eco nas redes sociais e que está fadada ao ostracismo e a outra que não só é aprovada pelo partido da presidência da república como também é encorajado como ato de fidelidade aos ideais revolucionários. Convém lembrar que o vice-presidente nacional do PT e coordenador das redes sociais do partido, Alberto Cantalice, colocou na lista negra do partido aqueles que ele considera os inimigos do povo. Em outro episódio digno de organização criminosa o coordenador da campanha do PT ao governo do estado de São Paulo, Paulo Frateschi, disse ser legítimo que militantes jogassem lixo na sede da revista Veja porque, segundo ele, a revista é um lixo.

Estamos vivendo em uma época em que a patocracia e o comportamento histérico modificam a nossa percepção do discernimento moral e o principal sintoma disso é a perda completa do senso das proporções. Para o bem dos eleitores/moradores da cidade de Campinas é imperativo que se vigie todo e qualquer discurso de controle de condutas e comportamentos para o qual sinaliza o vereador Thiago Ferrari. Para todos os que prezam pela vigilância democrática o sinal de alerta está aceso!

Violência como método revolucionário

O Partido dos Trabalhadores é um grupo criminoso capaz de fazer orbitar em torno de si gente com mentalidade psicopata. Não é por acaso que em um debate organizado pela TV Cultura durante a apuração dos votos que definiu o quarto mandato PTista na Presidência da República o coordenador da campanha do PT ao governo do estado de São Paulo, Paulo Frateschi, deu o tom do que será viver sob o jugo PTista. A todos os que ousarem se opuser ao projeto de poder do partido um recado: a resposta revolucionária virá pelo uso da força.

O recrudescimento da violência não é só certo como inevitável. O fisiologismo do PT com grupos criminosos está no DNA do partido bem como na rede de colaboradores que compõem a sua linha auxiliar, a saber, os partidos de extrema-esquerda PSOL, PSTU e PCdoB.

Black Blocs, Movimento Passe Livre, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) entre outros são apenas alguns grupos que são mobilizados pelo PT sempre que é necessário criar alguma agitação política. O exemplo mais recente foi o apoio de João Pedro Stedile, líder do MST, que ameaçou fazer protestos diários se Dilma não ganhasse as eleições.

Não por acaso a própria presidente Dilma Rousseff, com uma canetada, tentou criar a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) o que, na prática, constitui uma mudança de regime por decreto. É o golpe dentro da democracia. Para o PT a sociedade restringe-se a grupos subvencionados pelo próprio partido.

Durante o programa da TV Cultura Paulo Frateschi anuncia que “As forças democráticas no país conseguiram uma grande vitória com Dilma.” Mais adiante, descobrimos que tais forças democráticas nada mais são do que o braço armado do partido. Transcrevo a seguir um trecho gravíssimo em que um dirigente do PT alega ser natural transgredir toda a ordem democrática se isso for feito em benefício do partido, é claro.

(11:28) Paulo Frateschi: “Por que é que essa juventude [referindo-se a União da Juventude Socialista, grupo historicamente aliado ao PT] jogou lixo na Veja [sede da Editora Abril]? É porque eles consideram a revista Veja um lixo. É direito deles!”

(11:35) Marco Antonio Villa: “Isso é um ato ditatorial fascista. Isso é ato fascista feito pelo PCdoB que tenta invadir, agredir funcionários.”

(11:50) Paulo Frateschi: “Villa, nós estamos em uma empresa estatal. Não precisa defender quatro, cinco famílias que hoje são a elite da imprensa. Não faça isso. É democracia! Jogou lixo na porta para dizer o seguinte: vocês são um lixo! E eles são o lixo da imprensa.”

Não há limites para a imoralidade dessa gente. Basta o partido julgar que a publicação é um lixo para autorizar o dano ao patrimônio privado, a difamação, a guerrilha urbana e o terrorismo eleitoral. Assim, desde logo ficam criados dois códigos penais: um para os aliados do partido e outro para os detratores de la Patria Grande, como gostam de chamar os companheiros Fidel Castro, Evo Morales, Cristina Kirchner e Nicolás Maduro.

Kirchner

Outro exemplo a ilustrar que a declaração de Paulo Frateschi não é um caso isolado veio do ex-ministro dos esportes Orlando Silva (PCdoB):

Orlando Silva

Para Orlando Silva um bando de arruaceiros vandalizando a sede de uma empresa e ameaçando alguns poucos funcionários (sempre é bom lembrar, trabalhadores que este partido tanto se honra em defender) é considerado um ato de coragem! Mais ainda, Orlando Silva intencionalmente usa o termo denúncia para ocultar os crimes praticados pela União da Juventude Socialista. É a novilíngua de 1984, obra magistral de George Orwell em que, por meio do controle sobre a linguagem, o governo seria capaz de controlar o pensamento das pessoas, impedindo que ideias indesejáveis viessem a surgir.

É evidente que não se trata de equívoco no uso das palavras, mas da manipulação vil de uma classe política de psicopatas. O tema já foi explorado por esse blog nos artigos Patocracia e Histeria.

Com o sistema judiciário totalmente aparelhado evitando até mesmo impugnar a candidatura do PT por uma sucessão de fraudes duas coisas são certas: Primeiro, o PT não pode mais ser removido do poder pela via eleitoral. Segundo, o partido que fomenta o banditismo usará a onda crescente de violência para sufocar seus opositores.

Histeria

Semana passada escrevi aqui sobre a influência que os psicopatas exercem sobre a sociedade quando estes ocupam posições de comando no alto escalão da política. Este fenômeno foi observado pelo psiquiatra polonês Andrzej Łobaczewski (1921-2007) durante o regime comunista na Polônia dando origem a uma nova linha de estudos da gênese do mau: a ponerologia.

Segundo Łobaczewski  a depressão do nível de consciência moral de uma sociedade leva à histeria coletiva. Quando isso acontece instala-se no tecido macrossocial as condições necessárias para a manifestação do mau em larga escala. A este fenômeno, dá-se o nome de patocracia.

O artigo intitulado “Patocracia” já trazia uma série de evidências de uma sociedade doente que, senão patocrática, ao menos está muito próxima disso. Dentre os exemplos elencados um deles reaparece essa semana dando ainda mais força a tese de um país sob a influência maléfica de psicopatas. O caso em questão é o suposto racismo entre o goleiro do Santos, Aranha, e a torcedora gremista, Patrícia Moreira.

Se no artigo anterior eu já afirmava que não se tratava de um caso de racismo, mas de provocação entre torcidas e da grosseria que são típicas do mundo do futebol, agora o próprio Aranha, em entrevista para a Folha de São Paulo, deu declarações que reafirmam que ele mesmo é uma vítima do estado de histeria coletiva (quando repele-se a verdade com medo de pensar sobre coisas desagradáveis, para não estragar a festa de contentamento presente).

Reproduzo a seguir trechos da entrevista com os meus comentários logo na sequência:

“Já tinha sido chamado de macaco muitas vezes em jogos, mas nunca reagi daquela maneira como fiz contra o Grêmio. A gente releva as coisas porque é cobrado para ser profissional. E ser profissional é ouvir, fazer o seu trabalho e ir embora. Muitas vezes a gente deixa passar batido, não dá importância para as ofensas raciais.”

Não era a primeira vez que era xingado. Como atleta profissional Aranha sabe que toda torcida usa da provocação para desestruturar os adversários algo completamente diferente de ser xingado na rua, fora do contexto específico de uma partida de futebol.

“No jogo contra o Grêmio, eu estava muito tranquilo. Tudo mudou no momento em que fui até o árbitro. Eu relatei que estavam me chamando de macaco. Ele respondeu que eu estava provocando a torcida do Grêmio. Quando fiquei de frente para os torcedores novamente, eles comemoraram. Se sentiram livres para poder continuar. E, por isso, eu fiquei irado, com raiva. O sentimento foi de ódio mesmo.”

Antes mesmo de falar com o juiz ele admite que estava calmo e que a irritação decorre do fato do árbitro não punir o adversário. Logo, o fator que desestruturou o atleta não foi o comportamento típico da torcida, mas a expectativa de um senso de justiça não atendido.

“Eu vi lá que tinham negros me xingando e concordando.”

Admite que inclusive negros o xingavam o que já depõe contra a tese de ofensa unicamente baseada em raça. Nunca é demais relembrar, o racismo é uma rejeição fundamentada na raça. Aranha não foi rejeitado porque é negro, mas porque era o goleiro visitante da vez. Se fosse o Rogério Ceni poderiam xingá-lo de bicha.

“Comecei a entender, a ter conhecimento das coisas por meio do RAP.”

Confessa que antes de ouvir RAP não percebia a questão como racismo. Bastou alguém insistir na existência de conflitos (que nem mesmo ele percebia) para o racismo se manifestar.

“Eu não digo que o Brasil seja um país racista, mas é um país que carrega um vício antigo. Foi o último a abolir a escravidão, então talvez a gente demore mais para se desvencilhar de tudo o que aconteceu. Está diminuindo, mas continua. A gente precisa se manifestar contra o racismo para a pessoa saber que, se ela falar, será punida.”

Apesar de tudo o que aconteceu reconhece que o Brasil não é um país racista. Se o país não é racista então por quê insistir em uma divisão artificial da sociedade? Se essa declaração parece contraditória espere para ouvir a próxima.

“Ouvi que o Grêmio é racista. Não tem isso! Quando eu estava na Ponte Preta, ouvia muito que era o clube dos negros e o Guarani, dos brancos. Mas isso veio porque antes nenhum tinha negros. Os clubes eram só para brancos. Depois, os negros foram entrando. Alguns aceitaram antes que os outros, mas todos começaram só com brancos. É uma coisa só de quem começou primeiro. Desde que aconteceu o caso, houve uma pressão da mídia para que eu perdoasse a Patrícia [Moreira, torcedora gremista flagrada proferindo insultos racistas para o goleiro]. Acho que não tinha nada a ver me encontrar com ela. Como se o meu perdão fosse salvá-la. Não! Ela sabe o que é certo e errado. Ela disse besteiras nas três vezes em que falou. Ela errou, mas já disse que não é racista. Todo mundo sabe que ela não é, mas teve uma atitude que pode influenciar muita gente. Por isso vai ser punida. O meu perdão a Patrícia teve desde aquele dia. Mas ela deixou a coisa crescer. Em vez de melhorar, de pedir desculpas, de falar que errou, ela tornou a situação pior ao não se manifestar. Falou depois orientada por advogado. Não sabia o que falar.”

Aranha isenta o Grêmio de ser racista, mas coloca-se em situação de superioridade ao não querer sequer encontrar a gremista e diz que ela deve pagar pelo seu erro. Como pode a torcida ser imaculada quando todos em coro fizeram o mesmo que Patrícia Moreira? Mais ainda, Aranha admite que a Patrícia não é racista e que isso é sabido por todos, mas defende sua punição porque suas atitudes poderiam induzir terceiros ao racismo.

Quanto à última alegação de Aranha observa-se o mesmo expediente utilizado contra Rachel Sheherazade quando esta última disse que “é compreensível que o cidadão se defenda quando o Estado é omisso e a violência endêmica.” Sheherazade não incitou à violência, muito pelo contrário, analisou os fatos como uma consequência lógica da omissão do Estado frente a escalada da criminalidade. No entanto, seu “delito”, por assim dizer, foi julgar compreensível. Na ótica de Aranha xingar de macaco poderia induzir terceiros ao racismo. Ou seja, no código penal do politicamente correto o crime ocorre no futuro do pretérito.

Assim, não precisamos mais nos preocuparmos com o que efetivamente acontece, com o mundo observável, com a realidade objetiva dos fatos, isso não tem a mais mínima importância. Se no futuro existe uma remota possibilidade de o cidadão incorrer em um crime então este será desde logo punido com a mesma desproporção da mentalidade psicopática que julgou o mérito da questão.

Patocracia

Não há vergonha maior em toda a história da humanidade do que aquela registrada pelo século XX. Em nome de uma utopia, mais de 100 milhões almas foram ceifadas no altar de um “mundo melhor”.  Lênin, Stalin, Mao Zedong, Pol Pot, Ho Chi Minh e Fidel Castro são apenas alguns dos responsáveis por produzir a maior pilha de cadáveres jamais vista em tempos de paz. Sob a égide da justiça social as maiores atrocidades foram cometidas com o beneplácito daqueles que acreditavam reformar o mundo.

Ainda que o fator comum que une todos esses tiranos seja o comunismo não seria correto associar a ideologia em si ao genocídio. Explico: corrente filosófica alguma pode ser responsabilizada pelos atos de terceiros simplesmente porque elas não se materializam em carrascos assassinos com o objetivo de levar a cabo seu intento sangrento. No entanto, essa mesma ideologia pode servir de abrigo para aglutinar toda sorte de psicopatas, assassinos e déspotas que, amparados em um sistema moral que fomente a prática destes, ofereça o respaldo intelectual para exercer a pilhagem de nações e o “justiçamento” de determinados grupos étnicos enquanto prega a realização de benfeitorias celestiais.

O fenômeno foi descrito há três décadas na obra essencial do psiquiatra polonês Andrzej Łobaczewski (1921-2007) Ponerologia: Psicopatas no Poder (VIDE Editorial, 2014).

“A aceitação patológica de escritos ou de declarações esquizoidais por outras pessoas com desvios sempre brutaliza os conceitos do autor e promove idéias de força e de pretensões revolucionárias.”

Andrzej Łobaczewski, Ponerologia: Psicopatas no Poder, trad. Adelice Godoy, VIDE Editorial, 2014, p. 165.

Pioneiro na ciência da gênese do mau (poneros, palavra grega que significa o mau) Łobaczewski analisou o comportamento da alta cúpula do partido comunista polonês e constatou que ela era composta essencialmente de psicopatas, que por sua vez, contavam com uma rede de colaboradores histéricos no segundo escalão.

Segundo Łobaczewski o psicopata é alguém que não possui os sentimentos morais, mas que reconhece o significado linguístico dos mesmos. Aquilo que em pessoas normais suscitaria à compaixão no psicopata ativa a área linguística. Assim, o psicopata é uma pessoa que se sente diferente dos demais e por isso mesmo motivado a fazer com que todos adequem o modo de enxergar o mundo ao seu próprio.

“Todos os grupos e associações ponerogênicas têm em comum um fenômeno, que é o fato de que seus membros perdem (ou já perderam) a capacidade de perceber indivíduos patológicos como tais, interpretando seus comportamentos de um modo fascinante, heróico ou melodramático. As opiniões, idéias e julgamentos das pessoas portadoras de vários déficits psicológicos são dotados de uma importância no mínimo igual àquela dos indivíduos marcantes entre as pessoas normais.”

Andrzej Łobaczewski, Ponerologia: Psicopatas no Poder, trad. Adelice Godoy, VIDE Editorial, 2014, p. 137.

Quanto ao histérico, trata-se de alguém que repele a verdade com medo de pensar sobre coisas desagradáveis, para não estragar a festa de contentamento presente.

“Bloqueio reversivo: insistir enfaticamente em algo que é o oposto da verdade bloqueia a mente da pessoa mediana para perceber a verdade. De acordo com os ditados do senso comum saudável, ela inicia a busca de sentido no ‘meio termo’ entre a verdade e o seu oposto, terminando com alguma falsificação satisfatória. As pessoas que pensam assim não percebem que esse efeito é precisamente a intenção de quem os sujeita a esse método. Se a falsificação da verdade é o oposto de uma verdade moral, ao mesmo tempo, ela representa simultaneamente um paramoralismo extremo, e carrega seu caráter peculiarmente sugestivo.

Nós raramente vemos esse método sendo utilizado por pessoas normais; mesmo que tenham sido criadas por pessoas que abusaram dele; geralmente, elas só apresentam os resultados do método em suas dificuldades características para apreender a realidade adequadamente. O uso desse método pode ser incluído dentro dos acontecimentos psicológicos especiais mencionados anteriormente, que são desenvolvidos por psicopatas no tocante às fraquezas da natureza humana e à arte de levar os outros ao erro. Onde eles governam, esse método é utilizado com virtuosidade e em uma extensão proporcional ao seu poder.”

Andrzej Łobaczewski, Ponerologia: Psicopatas no Poder, trad. Adelice Godoy, VIDE Editorial, 2014, pp. 130-131.

Łobaczewski defende que a depressão do nível de consciência moral de uma sociedade leva à histeria coletiva. Quando isso acontece instala-se no tecido macrossocial as condições necessárias para a manifestação do mau em larga escala. A este fenômeno, dá-se o nome de patocracia.

“(…) o reflexo de supor que todo interlocutor está mentindo é uma indicação da anti-cultura histérica da mendacidade, na qual dizer a verdade torna-se ‘imoral’.”

Andrzej Łobaczewski, Ponerologia: Psicopatas no Poder, trad. Adelice Godoy, VIDE Editorial, 2014, p. 73.

O nível de deterioração moral no Brasil está em estágio avançado e é facilmente observável por meio do seguinte exemplo:

Neymar vs Senna

Se em 1994 o piloto Ayrton Senna era homenageado como exemplo de homem público e herói nacional pela equipe que conquistou o tetra-campeonato hoje, transcorridos apenas 20 anos, ninguém mais consegue perceber o abismo moral a que nos rebaixamos ao elevar um jogador que mal consegue conter o próprio ego e submeter-se à ordem de seu comandante.

No episódio em que Neymar xingou Dorival Jr o jogador preservou seu status de estrela enquanto ao técnico coube a demissão.

Outro indício de patocracia foi o caso de suposto racismo envolvendo o goleiro Aranha, jogador do Santos, e a torcedora gremista Patrícia Moreira. Quem quer que já tenha assistido a uma partida de futebol sabe que provocações e ofensas são comuns entre as torcidas. Na partida em que a torcedora foi flagrada pela TV gritando “macaco” ao goleiro Aranha não houve discriminação racial, mas uma grosseria típica deste esporte. Duvida? Observe como os técnicos chamam a atenção de jogadores, como goleiros cobram marcação dos zagueiros, como atacantes reclamam quando uma bola não é passada enquanto este está desmarcado. A ofensa come solta entre os próprios jogadores! Tão logo a partida se encerra todos entram em clima de confraternização e respeito mútuo.

Racismo ocorreria se a torcida gremista tratasse Aranha diferente de outros goleiros visitantes. Em campo de futebol a ofensa é democraticamente distribuída. Duvido muito que Patrícia Moreira tivesse um comportamento discriminatório se encontrasse Aranha em pessoa. No entanto, nada disso foi levado em conta. Bastou colarem o rótulo de racista à torcedora para que a mesma fosse demitida de seu emprego, difamada publicamente e sua casa incendiada!

Em época de patocracia xingar um atleta de alto nível é pior do que botar fogo na casa de uma torcedora em uma clara tentativa de assassinato.

Já que o assunto é racismo, por que não falar das mesmas ofensas dirigidas a Joaquim Barbosa? No ano passado o então ministro do Supremo Tribunal Federal também foi xingado de “macaco” pelo blog da… presidente Dilma! Essa notícia não ganhou a mesma dimensão que a torcedora gremista. Se a ofensa é a mesma não seria esperado que tivessem o mesmo tratamento?

O “delito” de Barbosa foi julgar a ação penal 470, popularmente conhecido como o escândalo do Mensalão. Como pagamento pelos serviços prestados o ex-ministro que aposentou-se do STF teve o pedido de reativação do registro de advogado negado pela OAB. Ao mesmo tempo, Paulo Fernando Melo da Costa, o advogado que pediu a cassação do registro do mensaleiro condenado José Dirceu está sendo processado pela… OAB!

Outro exemplo de tratamento diferenciado pode ser observado na recente polêmica envolvendo Luciana Genro e Levy Fidelix no debate presidencial. A candidata do PSOL questionou as razões que levem pessoas que defendem a família (cristãos) se recusarem a reconhecer como família os casais do mesmo sexo. (Notem que a pergunta em si já é um ardil para associar a rejeição de terceiros a posição de Fidelix.)

Deixando de lado a grosseria do “aparelho excretor não reproduz” a resposta de Fidelix foi embasada no que diz a constituição: “que façam um bom proveito se quiserem fazer de continuar como estão, mas eu, presidente da República, não vou estimular. Se está na lei, que fique como está, mas estimular, jamais!, a união homoafetiva.” De fato Fidelix não estimulou o ódio contra homossexuais, muito pelo contrário, assegurou que não mexeria na constituição – que já garante tratamento igualitário para todos e pune toda forma de preconceito – mas isso não foi o suficiente para que o mesmo fosse acusado de homofobia e a Defensoria Pública de São Paulo aceitasse uma ação civil pública por danos morais contra Fidelix.

Situação semelhante passou Rachel Sheherazade ao dizer que “é compreensível que o cidadão se defenda quando o Estado é omisso e a violência endêmica.” Neste caso o PSOL também decidiu enveredar por ativismo jurídico contra a opinião adversa. A exemplo do caso Aranha aqui também temos um caso pitoresco: o peso da palavra “compreensível” é infinitamente pior do que “mandar bater”.

Agora, na reta final da eleição majoritária, outro indício de patocracia é apresentado como arma na corrida presidencial. Eis que o comitê de campanha de Dilma Rousseff acusa Aécio Neves de machismo por ele usar o termo “dona de casa”, para se referir às mulheres, e “trabalhador”, ao falar dos homens.

Não se pode esperar que a consciência moral floresça quando, em maior ou menor escala, fomenta-se o banditismo em detrimento da ordem pública e respeito às instituições tradicionais como família e religião. O resultado parece-me óbvio: o culto e a adoração de falsos ídolos e a perda da capacidade de compreender a realidade concreta e objetiva dos fatos.