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Abismo moral em contraste

O Brasil vivenciou neste final de semana manifestações populares tão distintas em natureza quanto significativas em força expressiva. Se na sexta-feira, dia 13, o mote era o apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT), no domingo, dia 15, o que levou as pessoas às ruas foi o repúdio a este partido.

Enquanto quem manifesta apoio ao PT faz passeata em dia útil e durante o horário comercial quem os desaprova convoca manifestação para o final de semana. Sabe como é, nem todo mundo pode viver de verbas públicas como a corriola PTista. A parcela decente do país precisa trabalhar e gerar riqueza enquanto os pelegos fingem ser a mais alta expressão da vontade popular.

Apenas este dado já seria o suficiente para deflagrar o embuste de partido democrático. O PT é um partido de sanha totalitária e a Política Nacional de Participação Social (decreto presidencial 8.243) nada mais é do que um artifício para lotear o Estado com gente paga a mando do partido. Se para dizer basta o brasileiro precisa abrir mão de sua hora de descanso ao final de semana o que dirá então participar de decisões políticas em pelo expediente? É claro que isso é golpe!

Mas a realidade é ainda mais perversa para com o mundo de fantasias da militância do capital alheio. Se por um lado aqueles que apoiam o PT são 32 mil pessoas (e aqui sejamos generosos em incluir na conta mesmo aqueles que o partido mandou buscar de ônibus fretado para a manifestação e ganharam R$ 35,00 para vestir uma camiseta vermelha e segurar um balão da CUT) por outro lado, os que rejeitam este projeto criminoso de poder são 2 milhões de pessoas, um contingente 62,5 vezes maior, que foi de livre e espontânea vontade para as ruas sem receber absolutamente nada por isso.

Parece auto evidente que, se no primeiro caso, a ordem de colocar gente nas ruas não é acatada pelo povo, em flagrante de desobediência civil, no segundo caso, a força da população manda um recado para os caciques do poder: a presidência PTista é ilegítima.

Diante de todas as diferenças entre os dois movimentos é imperativo ressaltar ainda que mesmo com manifestações massivas em São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro não houve qualquer registro de transtorno da ordem pública, rotina bem diferente dos atos convocados pelo réu oculto do mensalão (e agora do petrolão) que ameaça usar do seu exército particular para coagir quem quer que insista em apurar responsabilidades em desvios de verba pública.

A despeito disso, o vereador-militante Pedro Tourinho (PT) declarou que seria uma imprudência do representante do grupo Revoltados On-Line, Marcello Reis, querer marcar manifestação anti-PT no mesmo dia e horário que a turma do PT.

Tourinho

Ou seja, se bandidos pró-PT partissem para o quebra-quebra a responsabilidade da agressão seria… do outro lado!

Nada mais ilustrativo para entender a noção PTista de respeito democrático do que uma situação absurda como essa. Ainda mais vindo de um vereador da sigla!

Pedro Tourinho não só inverte o eixo da responsabilidade como falseia a informação – como tudo neste partido criminoso. Enquanto o PTista sugeria que o Revoltados On-Line incitava o combate físico o que verdadeiramente foi dito pode ser conferido na seguinte entrevista da Folha de São Paulo:

Por que marcar o ato para o mesmo dia do protesto organizado pela CUT?
Marcello Reis
–  A CUT que marcou no mesmo dia que a gente. Estamos amparados pela lei. Marcamos e protocolamos antes.

Já que haverá um grande ato no domingo, qual é a motivação de um também na sexta?
Marcamos esse protesto antes porque queríamos fazer um pré­-protesto, um “esquenta”, para passar à população a ideia de como vai ser a segurança se tiver muita gente, onde os caminhões estarão posicionados etc.

A CUT tem dito que só sairá da frente da Petrobras às 16h e você diz que o acordo previa a saída deles às 15h, para a chegada de vocês.
Exato. Nós tivemos reunião na PM e a divergência foi essa, sabíamos que a CUT ia querer infringir um acordo que está gravado. Ninguém vai para a frente da Petrobras às 15h a não ser eu e o caminhão de som. Se eles quiserem quebrar o caminhão, eles quebram e eles vão ter que pagar. A partir das 15h, qualquer ato será de vandalismo incitado pelo Lula.

Por que pelo Lula?
Ele não disse na ABI ‘querem brigar? sabemos brigar!’, disse que chamaria o exército do Stédile? Se não fosse incitado por ele, a CUT não correria no Rio e protocolaria um protesto no dia 13 por lá. Por isso não estaremos lá, porque lá a CUT registrou antes.

Você acredita que pode haver algum tipo de confronto?
Tomara que haja, porque vamos entrar com todas as ações possíveis contra o sapo barbudo [Lula].

Qual orientação será dada caso aconteça confronto?
Os manifestantes [do Revoltados] só vão chegar quando os da CUT forem embora.

Definitivamente não dá para confiar em esquerdistas. Eles mentem até dizer chega e os PTistas são o pior tipo deles!